quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Jano !

  Janeiro é o primeiro mês do ano nos calendário juliano e gregoriano. É composto por 31 dias. O nome provém do latim Ianuarius, décimo-primeiro mês do calendário de Numa Pompílio, o qual era uma homenagem a Jano, deus do começo na mitologia romana, que tinha duas faces, uma olhando para trás, o passado e outra olhando para a frente, o futuro.
   Júlio César estabeleceu que o ano deveria começar na primeira lua nova após o solstício de inverno, que no hemisfério norte era a 21 de dezembro, a partir do ano 709 romano (45 a.C.). Nessa ocasião o início do ano ocorreu oito dias após o solstício. Posteriormente o início do ano foi alterado para onze dias após o solstício.As flores do mês são o heléboro negro,simbolo do talento, e a anémona,simbolo do ciúme.


  Jano (em latim Janus) foi um deus romano que deu origem ao nome do mês de Janeiro.
Jano tinha duas faces, uma olhando para a frente e outra para trás.
Era o porteiro celestial, sendo representado com duas cabeças, representando os términos e os começos, o passado e o futuro. De fato, era o responsável por abrir as portas para o ano que se iniciava; e como toda e qualquer porta, se volta para dois lados diferentes.Por isso é conhecido como "Deus das Portas".
Também era o deus das indecisões, pois na mitologia uma cabeça falava de uma coisa e a outra cabeça falava de outra coisa completamente diferente.
Existem, no entanto, em alguns locais, representações daquele deus com quatro faces. Em seu templo, as portas principais ficavam abertas em tempos de guerra e eram fechadas em tempos de paz. De acordo com tradição só foram fechadas duas vezes na história — uma no reinado de Numa e outra no de Augusto.
Os romanos associavam Janus com a divindade etrusca Ani.




Busto de Jano no Museu do Vaticano.


Com duas cabeças olhando para direções opostas, Jano é o deus romano das entradas, portões e começos. Era o porteiro celestial - toda porta tem dois lados -, representando os términos e começos, passado e futuro.

Era o responsável por abrir os anos (deu seu nome ao mês de Janeiro - januarius) e costumava ser o primeiro deus a ser mencionado nas cerimônias religiosas. Era adorado no início da época de colheita, plantio, casamento, nascimento, e outros tipos de origens, especialmente os começos de acontecimentos importantes na vida de uma pessoa. Também representa a transição entre a vida primitiva e a civilização, entre o campo e a cidade, a paz e a guerra, e o crescimento dos jovens.

Seu santuário mais famoso foi um portal sobre o Fórum Romano, através do qual os legionários romanos entraram em guerra. Em seus templos, as portas principais ficavam abertas em tempos de guerra e eram fechadas em tempos de paz. Tornou-se, então, patrono dos exércitos.

Originalmente, uma face possuía barba e a outra não, e, às vezes, era masculino e feminino - provavelmente um representação do sol e da lua (Janus e Jana). No entanto, é mais fácil encontrar duas faces com barba. Existem, no entanto, em alguns locais, representações suas com quatro faces. Raramente, mostravam seu corpo, mas se fosse feito possuía uma chave na mão direita. A cabeça dupla face aparece em muitas moedas romanas, então, é dito que ele teria inventado o dinheiro.

Uma lenda romana conta que teria chegado a Tessália, onde foi saudado pela princesa Camese do Lácio. Casaram-se, dividiram o reino e tiveram vários filhos, dentre os quais Tiberinus (o deus do rio Tibre). Após a morte de Camese tornou-se o único governante e trouxe as pessoas um tempo de paz e bem-estar, a Idade de Ouro. Ele introduziu o dinheiro, o cultivo dos campos, e as leis. Também teria abrigado Saturno, quando este fugia de Júpiter e, como recompensa, ganhou o poder de enxergar passado e futuro. Após sua morte, foi deificado. Quando Rômulo e seus companheiros raptaram as virgens sabinas, Roma foi atacada. Mas Janus fez um geiser fervente irromper da terra e os agressores fugiram da cidade. Tornou-se então protetor da cidade. Posteriormente, passou a ser símbolo da cidade de Gênova.

Mesmo não tendo representações análogas em outras mitologias, muitas vezes os romanos associavam Janus com a divindade etrusca Ani e com os gregos Zeus e Hermes. É possível, que suas representações o liguem a São Pedro, "porteiro" no Cristianismo, mas seu nome pode ter derivado o nome do profeta bíblico Jonas (Yonah, em hebraico) e ter a origem na mesopotâmica Uanna

(O singular) Jano
De entre as figuras de mitologia clássica, creio que poucas são tão singulares como Jano. Este deus, que não existia na mitologia grega e que surge com os romanos, apresenta em todas as imagens duas caras que apontam em direcções opostas.  Então, no primeiro livro de Fastos, Ovídio conta-nos a história desta divindade. Segue-se uma breve referência à mesma:
Os Antigos chamavam Caos a esta divindade que, originalmente, não tinha sequer forma. Aquando da criação dos elementos que hoje temos, esta bola de massa transformou-se então no corpo de um deus.

Mas porquê a sua forma singular? Também isso nos é contado por Ovídio:
Tal como as portas têm dois lados, e um porteiro fica por fora, também este deus era então o porteiro da corte divina, e com as suas duas faces podia então olhar para lugares opostos, tal como Hécate (com suas três faces) podia vigiar atentamente as intersecções das estradas.

Se entende, assim, que a singular forma de Jano tinha directamente a ver com a sua função. Contudo, as considerações de Ovídio levam-me a concluir algo muito mais curioso: contrariamente ao que se poderia pensar, a omnipresença (e, por conseguinte, também a omnipotência) não era uma características dos deuses gregos e romanos.

Em relação a este mesmo deus, é também clarificado um outro ponto. Na altura, existia em Roma um templo dedicado a este deus, cujas portas apenas fechavam em tempo de paz (algo que, segundo Tito Lívio, só sucedeu duas vezes em oito séculos). E porquê, esse mudança? Segundo Ovídio, que aqui continua a falar com a voz do deus, eram duas as razões: para que quando alguém vai para a guerra também encontrasse o caminho de volta aberto, e para que a paz não fugisse pelas portas abertas do templo.



 A ligação a Saturno ficou muito bem homenageada pelos astrónomos, quando umas das luas do segundo maior planeta do sistema solar  recebeu o nome de Jano.





 Fazendo jus às duas caras, Janeiro do outro lado do equador, é mesmo algo completamente diferente ...




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