domingo, 29 de janeiro de 2012

Alter Real !

 " Fogoso e vigoroso, o Alter Real não é para principiantes. Esta raça é forte, inteligente e sensível. Tem uma aptidão natural para as disciplinas da Haute École."


 " De porte elegante e comportamento extravagante, o Alter Real apresenta uma cabeça fina, de perfil direito e olhos vivos. O pescoço é pequeno e arqueado e as orelhas são médias. As pernas são musculosas e o peito é desenvolvido."



" Muito marcado pela raça espanhola Andaluz, mas também pelo temperamento fogoso do Árabe.Influenciou a raça brasileira Mangalargas."


" O Alter Real foi criado para cavalo de atrelagem e exibição. Hoje em dia é utilizado como cavalo de sela, ensino e ainda nas exibições de hipismo."

 " Esta raça portuguesa foi criada no século XVIII para servir a corte. Em 1748, a casa real de Bragança importou 300 das melhores éguas Andaluzas para a sua coudelaria. Em 1754, a coudelaria mudou-se para Alter do Chão dando origem à primeira parte do nome desta raça. "


 " A raça foi-se desenvolvendo e obtendo reconhecimentos pelos seus belos desempenhos em exibições na capital. Contudo, durante as invasões Napoleónicas (1807, 1808 e 1810) a coudelaria foi repetidamente saqueada e a raça esteve à beira da extinção."


  " Com a capitulação de D. Miguel, a coudelaria foi confiscada e só no fim do século, durante o reinado de D. Maria Pia, foram feitas tentativas para recuperar a raça, introduzindo sangue Inglês, Árabe e Normando."


 " Estas tentativas falharam redondamente e só a posterior reintrodução de sangue Andaluz e Cartusiano fez reverter o processo."


  " Depois da instauração da República, Ruy D´Andrade conseguiu recuperar a raça a partir de dois garanhões e algumas éguas. Com o apoio do Estado Português o Alter Real vingou. Actualmente o programa de criação da raça está nas mãos do Ministério da Agricultura. "




  http://arcadenoe.sapo.pt/raca/alter_real/370

  Do outro lado do Atlântico, como costuma ser comum, também existe outra Alter do Chão.


 Só que, a Alter do Chão do Pará, está localizada no Amazonas, simplesmente a maior bacia hidrográfica do  mundo, tão diferente da secura do nosso Alentejo.








 Um dos mais belos poemas da língua portuguesa, tem como mote o Cavalo Lusitano, que bem poderia ser o Alter Real. Foi escrito pelo saudoso José Carlos Ary dos Santos:

 

Cavalo à solta

Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.
Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.
Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.
Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.
Minha laranja amarga e doce
minha espada
poema feito de dois gumes
tudo ou nada
Por ti renego, por ti aceito
este corcel que não sossego 
à desfilada no meu peito
Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.
Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.


Clube Europeu,
Juntos  A  Aprender !

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